É meus caros, como já dizia Dona Jura da novela O Clone: “Não é brinquedo não”. O mercado competitivo e estritamente capitalista chegou até a educação e com força total! Com ele chegam pontos positivos e consequentemente, negativos, tendo em vista que se tratando de educação, trata-se de vidas sendo educadas para um mundo “melhor”.
A partir dos anos 80 os consumidores começaram a ter uma sensibilidade maior ao que diz respeito à qualidade do produto adquirido. Pode-se afirmar que qualidade e confiabilidade são palavras fundamentais para o processo de fidelização da clientela. Por este motivo há tanto tempo vem-se buscando transformar o cliente e o produto em verdadeiros parceiros, onde há uma confiança mútua.
Juntamente com o histórico da busca incessante da qualificação, surge a necessidade de profissionalização, ou seja, surge o ensino profissionalizante, que vem com uma responsabilidade ética, consolidando um sistema de trabalho que busca muito mais do que prática, e que de forma deturpada está possibilitando uma agilização de forma extremamente conteudista e que não fomenta a formação completa do indivíduo.
As pessoas anseiam sempre por novos horizontes e uma forma de sobrevivência com qualidade de vida. Com isso, investem na educação como um subsídio para o seu crescimento profissional e econômico. Estudar, ainda é a principal forma de garantia de um futuro para si, por mais que muitos pais acreditem que financeiramente seria melhor colocar seu filho numa escolinha de futebol (sic.).
Atualmente o maior desafio dos dirigentes, principalmente de Instituições de Ensino Particulares está em oferecer uma educação de qualidade aliada a um valor mínimo? A competição entre quem tem mais cursos bons e baratos tornou o mercado educacional uma feira de produtos às vezes alcançáveis, outras vezes sonhadoras. Aliar bons preços, com bons cursos, não é tarefa nada fácil. O mercado está exigente. As pessoas estão mais críticas, têm mais noção dos seus direitos, buscam mais qualidade e querem estabilidade profissional.
Dizem que a propaganda é a alma do negócio, mas atualmente as pessoas querem bem mais do que receber panfletos na rua e ouvir anúncios em rádios, elas precisam de confiabilidade total. Elas anseiam por fidelidade e por respeito aos seus direitos. Não basta ter “225” cursos listados, é preferível ter dois com uma qualidade ímpar, onde as pessoas tenham acesso a um conhecimento que perpetuará por toda sua vida.
Baseando-nos de que é através do famoso “boca-a-boca” que as universidades têm a sua maior propaganda, tratar este cliente como seu principal aliado é imprescindível. Creio que seja muito importante que toda escola tenha em seu planejamento de marketing, verbas que sejam utilizadas para incentivar influenciadores. E mais do que isso, agir conforme o que se prega, não criar um universo fantasioso que irá contradizer a sua ação prática cotidiana.
Existem milhares de Instituições que pregam em seu marketing um respeito ao estudante, mas que na prática a história é bem diferente. Esta contradição também participa da propaganda de uma Instituição.
Segundo Michael Porter (diretor do Instituto de Estratégia e Competitividade da Universidade de Harvard), só existe duas formas de competir: diferenciação ou preço baixo. As Instituições que tentam aliar ambos, devem entender que precisam se preparar para digladiar com os baixos preços.
É um trabalho mais árduo, contudo mais fácil. Para o sucesso desta escolha, se faz necessário descobrir o que o cliente valoriza numa Instituição. Dar ao cliente a oportunidade de opinar sobre seus anseios, enfim, é preciso trabalhar de forma inteligente, agregando valores e oferecendo um produto diferenciado com ênfase no consumidor.
Na era da globalização, onde o bom já é totalmente descartável, onde se precisa de atitude e de profissionais que saibam desenvolver qualquer tipo de trabalho, onde a competência é a capacidade de mobilização de saberes, ou seja, saber-fazer, saber-ser e saber-agir, a substituição da qualificação pela competência é inerente a qualquer individuo que queira entrar no mercado de trabalho que exige uma polivalência. Pense nisso!
Autor: Alexsandro Rosa Soares
Especialista em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário São José de Itaperuna, Especialista em Administração Escolar pela Universidade Cândido Mendes, Graduado em Letras pelo Centro Universitário São José de Itaperuna e Graduado em Magistério nas séries iniciais do 1 segmento do Ensino Fundamental pelo Instituto Superior de Educação de Itaperuna. Foi subsecretário do Centro Universitário São José de Itaperuna, atualmente é funcionário da Fundação e Apoio a Escola Técnica do Rio de Janeiro e Colunista do Jornal Macaé News. Contatos: alexsandro.soares@gmail.com |
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