Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar aos educadores e demais interessados, uma reflexão sobre a importância da arte na educação enquanto recurso de socialização e humanização do aluno.
Palavras-chave: arte, educação, pedagogia, escola.
O mundo é grande e cabe Nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe Na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe No breve espaço de beijar. Carlos Drummond de Andrade
Quero iniciar esse artigo dizendo que é um privilegio ser um educador por formação. É um privilégio poder fazer parte de uma classe profissional desvalorizada, jogada ao relento por nossos governantes, mas que ao mesmo tempo, por si só se faz indiscutivelmente importante para o desenvolvimento de uma nação. Digo isso porque ser verdadeiramente educador é um privilégio de poucos. Enquanto educadores, seremos o que quisermos. Também me espanto quando faço uma reflexão sobre o poder que temos em nossas mãos na direção da vida social de cada aluno que passa por nossa sala de aula. Não lhe dá medo? Saber que você é um dos responsáveis pela índole do ser humano que teremos no futuro. Saber que sempre seremos lembrados como aquele professor…aquele, sabe?!
Dentro dessa filosofia, me vem em mente como é importante e proveitosa, a socialização desse ser humano através da “arte” enquanto recurso para a humanização do processo educacional. A união destas duas vertentes, arte e educação, proporcionam a prática verdadeira do que é declarado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no seu artigo 3º, dos princípios e fins da educação nacional, respeitar, valorizar e garantir ao educando uma formação completa de conteúdos práticos em sua existência.
A arte humaniza, e se ela humaniza, precisamos mais do que nunca, da sua utilização no meio educacional e mais ainda na sociedade de modo em geral. Pois se temos consciência de que a educação é a base estrutural, juntamente com a família, de uma sociedade plena, também temos consciência de que precisamos a cada dia mais de pessoas comprometidas com essa questão de humanização dos indivíduos. Humanizar no sentido completo e pleno da palavra. Mais do que dar condições aos indivíduos de vivência, de sobrevivência, dar a eles a oportunidade de serem quem realmente são, com toda sua individualidade e peculiaridades.
Temos certeza de que o poder da palavra é fatal, e é por isso que escrevemos. Escrevo porque penso, e se penso, logo existo. Será? Precisamos assumir nossa participação enquanto sujeitos coadjuvantes na produção do saber e conseqüentemente alertar aos alunos de que eles são os protagonistas desse processo. A arte nos proporciona isso, a “intimidade” entre os participantes do paradigma ensino-aprendizagem.
Segundo Luzia de Maria (1998, p. 59), o que a arte busca é justamente preservar a integridade dos homens, prover cada “ser” do alimento necessário para que se concretize nele o sentido de “humano”. E se a busca é pela humanização, mais do que justo unir arte e educação para que nosso mundo seja melhor. Pode parecer que estou tentando escrever um artigo de auto-ajuda, cheio de crenças infundadas e de utopias, mas minha intenção não é essa, é sim fazê-los acreditar que somente as pessoas envolvidas no desenvolvimento da sociedade, sejam de qual segmento faça parte (família, amigos, educadores, sociólogos, etc.), podem mudar essa história. Enquanto continuarmos privilegiando coisas inúteis para o crescimento sócio-cultural dos alunos estaremos contribuindo para a mesmice em que se encontra o nosso mundo.
Das mesmas salas de aula que saem até hoje os políticos corruptos, os menores do tráfico, os bandidos perigosos, podem sair seres verdadeiramente humanos, comprometidos com “o outro”, que nada mais é do que nosso auto-reflexo.
Precisamos compreender a significação de um silencio, ou de um sorriso ou de uma retirada da sala (FREIRE, p.97), precisamos através da sensibilidade, ver através das atitudes e ações, oportunidades de acertos e de vidas melhores, e para isso podemos contar com a contribuição da arte. Desde muito tempo a arte nas escolas públicas e particulares é trabalhada de forma inadequada proporcionando um distanciamento dos alunos das obras, e conseqüentemente deixando escapar de suas mãos a oportunidade de entender, admirar e refletir o pensamento do outro (o artista). Para se trabalhar com a Arte é necessário promover um diálogo entre o expectador e a obra. Fazê-lo entender, analisar, observar, perceber, distinguir, criticar e apreender o sentido da expressão relatada pelo autor.
Escrevo porque sinto e me permito, por ser um admirador da arte como mais do que uma simples expressão artística, como simplesmente prazer cultural, mas sim como objeto de reivindicação, como recurso de educação, de reflexão, de sentimentos guardados e escondidos de si mesmo.
É imperdoável que o sistema de ensino atual escamoteia a Arte por debaixo de uma “língua portuguesa” tradicionalista, que visa sempre o consumo de regras sem sentido para a vida social dos nossos futuros cidadãos. Colocar a Arte como um instrumento sub-importante em meio ao monstruoso mundo de regras gramaticais é um pecado mortal. Afirmo veemente que a arte é disciplina para ser trabalhada separadamente promovendo um conhecimento verdadeiro do que é “ser humano”. Seja através de poesia, música, pintura, fotografia, enfim, seja de que forma for, é imprescindível que se reavalie o ensino da arte na educação para que possamos contar com pessoas mais gentis num futuro nem tão longíquo.
Bibliografia
MARIA, Luzia de. Drummond Um olhar amoroso. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 2002.
PILETTI. Nelson. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. Rio de Janeiro. Ed. Ática. 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa.Rio de Janeiro.Paz eTerra S/A, 1996
Dentro dessa filosofia, me vem em mente como é importante e proveitosa, a socialização desse ser humano através da “arte” enquanto recurso para a humanização do processo educacional. A união destas duas vertentes, arte e educação, proporcionam a prática verdadeira do que é declarado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no seu artigo 3º, dos princípios e fins da educação nacional, respeitar, valorizar e garantir ao educando uma formação completa de conteúdos práticos em sua existência.
A arte humaniza, e se ela humaniza, precisamos mais do que nunca, da sua utilização no meio educacional e mais ainda na sociedade de modo em geral. Pois se temos consciência de que a educação é a base estrutural, juntamente com a família, de uma sociedade plena, também temos consciência de que precisamos a cada dia mais de pessoas comprometidas com essa questão de humanização dos indivíduos. Humanizar no sentido completo e pleno da palavra. Mais do que dar condições aos indivíduos de vivência, de sobrevivência, dar a eles a oportunidade de serem quem realmente são, com toda sua individualidade e peculiaridades.
Temos certeza de que o poder da palavra é fatal, e é por isso que escrevemos. Escrevo porque penso, e se penso, logo existo. Será? Precisamos assumir nossa participação enquanto sujeitos coadjuvantes na produção do saber e conseqüentemente alertar aos alunos de que eles são os protagonistas desse processo. A arte nos proporciona isso, a “intimidade” entre os participantes do paradigma ensino-aprendizagem.
Segundo Luzia de Maria (1998, p. 59), o que a arte busca é justamente preservar a integridade dos homens, prover cada “ser” do alimento necessário para que se concretize nele o sentido de “humano”. E se a busca é pela humanização, mais do que justo unir arte e educação para que nosso mundo seja melhor. Pode parecer que estou tentando escrever um artigo de auto-ajuda, cheio de crenças infundadas e de utopias, mas minha intenção não é essa, é sim fazê-los acreditar que somente as pessoas envolvidas no desenvolvimento da sociedade, sejam de qual segmento faça parte (família, amigos, educadores, sociólogos, etc.), podem mudar essa história. Enquanto continuarmos privilegiando coisas inúteis para o crescimento sócio-cultural dos alunos estaremos contribuindo para a mesmice em que se encontra o nosso mundo.
Das mesmas salas de aula que saem até hoje os políticos corruptos, os menores do tráfico, os bandidos perigosos, podem sair seres verdadeiramente humanos, comprometidos com “o outro”, que nada mais é do que nosso auto-reflexo.
Precisamos compreender a significação de um silencio, ou de um sorriso ou de uma retirada da sala (FREIRE, p.97), precisamos através da sensibilidade, ver através das atitudes e ações, oportunidades de acertos e de vidas melhores, e para isso podemos contar com a contribuição da arte. Desde muito tempo a arte nas escolas públicas e particulares é trabalhada de forma inadequada proporcionando um distanciamento dos alunos das obras, e conseqüentemente deixando escapar de suas mãos a oportunidade de entender, admirar e refletir o pensamento do outro (o artista). Para se trabalhar com a Arte é necessário promover um diálogo entre o expectador e a obra. Fazê-lo entender, analisar, observar, perceber, distinguir, criticar e apreender o sentido da expressão relatada pelo autor.
Escrevo porque sinto e me permito, por ser um admirador da arte como mais do que uma simples expressão artística, como simplesmente prazer cultural, mas sim como objeto de reivindicação, como recurso de educação, de reflexão, de sentimentos guardados e escondidos de si mesmo.
É imperdoável que o sistema de ensino atual escamoteia a Arte por debaixo de uma “língua portuguesa” tradicionalista, que visa sempre o consumo de regras sem sentido para a vida social dos nossos futuros cidadãos. Colocar a Arte como um instrumento sub-importante em meio ao monstruoso mundo de regras gramaticais é um pecado mortal. Afirmo veemente que a arte é disciplina para ser trabalhada separadamente promovendo um conhecimento verdadeiro do que é “ser humano”. Seja através de poesia, música, pintura, fotografia, enfim, seja de que forma for, é imprescindível que se reavalie o ensino da arte na educação para que possamos contar com pessoas mais gentis num futuro nem tão longíquo.
Bibliografia
MARIA, Luzia de. Drummond Um olhar amoroso. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial, 2002.
PILETTI. Nelson. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. Rio de Janeiro. Ed. Ática. 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa.Rio de Janeiro.Paz eTerra S/A, 1996
Especialista em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário São José de Itaperuna, Especialista em Administração Escolar pela Universidade Cândido Mendes, Graduado em Letras pelo Centro Universitário São José de Itaperuna e Graduado em Magistério nas séries iniciais do 1º segmento do Ensino Fundamental pelo Instituto Superior de Educação de Itaperuna. Foi subsecretário do Centro Universitário São José de Itaperuna, atualmente é funcionário da Fundação e Apoio a Escola Técnica do Rio de Janeiro e Colunista do Jornal Macaé News. Contatos: alexsandro.soares@gmail.com |
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