Democracia é oportunizar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um. Fernando Sabino
Há quem diga que a grande massa de redes sociais emergentes são preocupantes a luz das atividades educativas, morais, culturais e mentais. Pois as mesmas podem contrapor entre situações benéficas para diversas áreas sociais, bem como agir negativamente, influenciando o comportamento humano.
Aos milhares, elas surgem cativando do mais simples “camponês”, ao grande poderoso “chefão”. A dosagem da utilização das mesmas, é assunto pautado por vários estudiosos, como primordial na atualidade, tendo em vista que vivemos exacerbadamente a era tecnológica no sentido pleno da sua significância.
A família, a escola e os especialistas preocupam-se com o limite da utilização das redes pelas crianças e jovens. Esta preocupação está atrelada ao tempo em que os mesmos passam diariamente em frente dos computadores ou celulares acessando tais recursos. Elas estão por todos os lados, têm diversos objetivos e possibilitam diversas ações. Desde redes de relacionamentos como: facebook, orkut, myspace, twitter e redes profissionais como LinkedIn, as redes sociais são programas de internet que instigam e preocupam ao mesmo tempo. Quanto tempo você passa na internet? Melhor, quanto tempo você passa nas redes sociais?
Um estudo divulgado pela International Business Machines (IBM) em 2009 alertava que até 2012 o número de internautas em redes sociais ultrapassaria 800 milhões e o tráfego na internet alcançaria 20 mil petabytes por mês. Será que já ultrapassamos esta marca? Não sei. Só sei que isso tornou-se uma febre em todos os âmbitos da sociedade.
São jovens, adultos, senhores, utilizando destas ferramentas objetivando sairem de um isolamento social, conhecerem novas pessoas e permirtir-se ser quem verdadeiramente é, ou não.
Recentemente foi publicado na Revista INFO On Line que a empresa de pesquisas Gartner constatou que de 6.295 pessoas entrevistadas, com idade entre 13 e 74 anos, em 11 países, entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, 24% dos entrevistados afirmaram que acessam menos seus perfis nos sites sociais do que costumavam fazer quando começaram a utilizá-los. A tendência a desutilização foi mais forte em países como o Brasil e a Rússia, onde cerca de 30% e 40%, respectivamente, dos entrevistados afirmaram terem diminuído a frequência dos acessos (os usuários brasileiros estão entre os que mais passam tempo conectado às redes sociais). Por outro lado, 37% dos entrevistados afirmaram usar as redes sociais com maior frequência hoje em dia. De acordo com o relatório, esse grupo é formado por adolescentes e pessoas mais experientes.
Entre os benefícios, destacam-se: a possibilidade de melhor comunicação com familiares e amigos distantes, a colaboração recíproca e troca de idéias entre os usuários, o acesso a uma gama de informações das mais variadas fontes, que necessitam, é claro, de uma análise minuciosa para distinguir seu valor, e por fim, podemos ressaltar o fomento da troca, da parceria, da agilidade.
A lista dos riscos, logicamente, é bem maior, pois com a possibilidade do anonimato, as redes sociais tornam-se uma arma poderosa para pontos negativos de utilização. Seja através do cyberbullying, com divulgação de informações embaraçosas e hostis sobre outras pessoas, o assédio on-line, o sexting*, com envio e recebimento de mensagens sexualmente explícitas, incluindo fotografias e vídeos, a exposição de dados pessoais e familiares que causam riscos à segurança e por fim temos os prejuízos no rendimento escolar e a diminuição dos períodos de sono.
Mas como já dizia Albert Einstein: “O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.”, vamos então usufruir das redes sociais para coisas relevantes e benéficas.
Indiscutivelmente, saber utilizar tais artifícios é fundamental. Hoje, as redes têm presença diária na minha vida, seja para algo pessoal, seja para utilização profissional. Elas completam a outra metade do desejo de ampliar contatos interpessoais, que antes me eram podados, pois ao contrário de Lady Kate (personagem do programa Zorra Total da Rede Globo) glamour eu tenho, falta-me a grana, para desbravar outros horizontes.
Através das redes sociais consigo disseminar meu escritos, tendo um feedback vindo dos mais variados estados brasileiros, por pessoas que de alguma forma acessaram, leram, se identificaram e principalmente, reproduziram para outras pessoas, fomentando assim, uma corrente de divulgadores.
Infelizmente nem todo mundo tem a predisposição de utilizar tais recursos para benefício, como já vimos anteriormente, e acabam por aproveitar toda essa agilidade de transmissão para algo maléfico.
Por fim, creio que todos nós temos o direito de pensar as vezes, como Albert Einstein que dizia: “A imaginação é mais importante que o conhecimento.”. Já que vivemos numa democracia, deixai-nos descobrir sozinhos o ponto de chegada.
Me curti no Facebook, vai?! (sic.)
*Sexting (contração de sex e texting) é um anglicismo que refere-se a divulgação de conteúdos eróticos e sensuais através de telemóveis. (Fonte: Wikpédia)
Autor: Alexsandro Rosa Soares
Especialista em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário São José de Itaperuna, Especialista em Administração Escolar pela Universidade Cândido Mendes, Graduado em Letras pelo Centro Universitário São José de Itaperuna e Graduado em Magistério nas séries iniciais do 1 segmento do Ensino Fundamental pelo Instituto Superior de Educação de Itaperuna. Foi subsecretário do Centro Universitário São José de Itaperuna, atualmente é funcionário da Fundação e Apoio a Escola Técnica do Rio de Janeiro e Colunista do Jornal Macaé News. Contatos: alexsandro.soares@gmail.com |
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