Ser ator principal no palco da vida não significa falhar, não chorar, deixar de tropeçar, ter reações de insegurança ou, às vezes, atitudes tolas. Ser ator principal significa refazer caminhos, reconhecer erros e aprender a deixar de ser aprisionado pelos pensamentos e emoções doentias.
CURY, 2004, p.21
Ah como é bom observar ao redor e descobrir que ainda podemos ter esperanças de que as pessoas irão melhorar enquanto humanas, mesmo vivendo na época do descomprometimento como vivemos. Mesmo conhecendo a realidade fatídica que conhecemos, mesmo presenciando cenas de desrespeito e desamor que presenciamos todos os dias no país e no mundo.
Um dia desses estava Eu aguardando o ônibus em direção a minha residência, quando de repente vi um automóvel parar próximo a lixeira instalada nas ruas pela prefeitura da cidade. Foi quando um menino de aproximadamente seis anos de idade abriu o vidro do carro e jogou o lixo dentro da lixeira. Para muitos esta observação pode parecer banal e pequena demais para ser relatada, outros dirão que tentarei dissertar sobre mais uma utopia humana. Na verdade, esse é o grande problema, achamos que as coisas pequenas são pequenas demais para serem notadas. Muitos acreditam que o simples fato de jogar o lixo no lixo não irá melhorar o mundo, e com certeza não, contudo é inegável que tal ação transmite um exemplo de humanização e educação de que precisamos nos dias atuais.
Senti-me aliviado ao ver aquela cena, e ainda mais, ao ver que os maiores incentivadores desse ato foram os pais do menino, pois os mesmos poderiam ter jogado o lixo em qualquer parte da cidade, mas não; pela educação do filho ensinaram que o lixo deve ser jogado na lixeira.
Se todos os pais se preocupassem com seus filhos enquanto crianças com essas pequenas coisas, com certeza teríamos adultos mais ‘educados’ no presente e no futuro. Coisas mínimas como jogar o lixo no lixo, pedir desculpas a alguém, admitir os erros, elogiar os acertos, dizer: eu te amo, agradecer algo, respeitar as diferenças, preocupar-se com o outro, enfim, coisas mínimas mas de enorme valor para o crescimento pessoal do ser humano.
Um ser humano rico procura ouro na sociedade, um ser humano sábio garimpa ouro nos solos do seu ser. CURY, 2004. p. 98
É inegável a importância do meio em que a criança vive para seu crescimento social. As influências que ela recebe irão refletir no seu comportamento durante toda sua vida, até mesmo porque enquanto criança ela é espelho dos adultos e de outras crianças que a rodeiam. Todavia não podemos deixar de lado também o importante papel da família na construção desse indivíduo. A família que é a primeira referência que a criança tem. Os laços sentimentais que envolvem essa instituição social (família) são muito fortes e vão direcionar o comportamento do indivíduo para o resto da sua existência.
Lidamos todos os dias com gente, sejam esses, crianças, adolescentes, jovens ou adultos, participamos ativamente em sua formação, temos o poder de ajudá-los ou prejudicá-los, e temos o ‘poder’ de torná-los pessoas marcantes no mundo.
Enfim, somos sim, enquanto família, enquanto pais responsáveis, enquanto protagonistas desse universo, responsáveis não somente pelo nosso destino, mas pelo destino dos nossos companheiros coadjuvantes da nossa história.
Ah se todas as crianças jogassem “lixo no lixo”!
Referências:
CURY, Augusto. Seja líder de si mesmo – O maior desafio do ser humano. Rio de Janeiro: Sextante, 2004
Especialista em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário São José de Itaperuna, Especialista em Administração Escolar pela Universidade Cândido Mendes, Graduado em Letras pelo Centro Universitário São José de Itaperuna e Graduado em Magistério nas séries iniciais do 1º segmento do Ensino Fundamental pelo Instituto Superior de Educação de Itaperuna. Foi subsecretário do Centro Universitário São José de Itaperuna, atualmente é funcionário da Fundação e Apoio a Escola Técnica do Rio de Janeiro e Colunista do Jornal Macaé News. Contatos: alexsandro.soares@gmail.com |
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