CRÔNICA: Natal Feliz para quem, cara pálida?


Será porque que a data do Natal sempre nos remete a palavra UNIÃO? É o grande momento de perdoar, refletir, amar e consequentemente unir mais as pessoas que passam o ano todo praticando de forma exemplar a sua individualidade exacerbada.
Particularmente não gosto de Natal, mas isso é coisa minha!
Acho bonito ver as casas enfeitadas, as pessoas aumentando seu consumo, o congraçamento entre famílias, enfim é uma chatice que só. (Isso a meu ver, sic.)
Para mim o Natal é uma data triste. Muito triste! E olha que os meus Natais não foram tão ruins. Mas como a data nos propõe a reflexão, faço isso da melhor forma que consigo que é tentando me colocar no lugar de outrem. Já pararam para pensar que neste mês de consumismo total não estão incluídos os que vivem na rua de forma mendigosa? Que as crianças de baixa renda que não podem receber um presente não estão nas estatísticas das pessoas felizes no Natal? Que uma ceia nem sempre é uma ceia? E mais ainda, que nós não estamos nem aí para isso tudo.
A hipocrisia é tamanha que às vezes ainda nos solidarizamos com alguns pobres mortais e participamos de campanhas de agasalho, de um presentinho para uma criança de tal creche, de alguma cesta básica com Panetone de quinta e assim por diante. É ridículo!
Alguns ao lerem este texto vão pensar, lá vem ele de novo tentando arrumar o mundo. Como se a minha atitude fosse resolver os problemas sócio-econômicos do país. Como se eu sozinho conseguisse alimentar todas as crianças. Como se eu fosse “Deus”.
Outros poderão dizer: Ele está certo vou fazer a minha parte neste Natal. Quero que as pessoas sejam felizes nesta data tão especial.
Ora, não resolveremos o mundo NUNCA, mas podemos sim auxiliar no seu melhoramento de forma modesta e racional, e quanto a fazer a sua parte no Natal, não gaste seu tempo e dinheiro, esta ação deve ser diária, durante todo o ano. As pessoas estão sedentas de suprimir suas necessidades todos os dias. Não é doando coisas que conseguiremos ajudá-las, mas sim lhes dando oportunidade de adquirir essas coisas por conta própria. Dar “esmola” não o fará mudar de vida, mas dar-lhe condições de adquirir por si só tudo que precisa para sua vivência lhe fará um ser humano melhor.
Outro dia estava assistindo um documentário que mostrava como vivia uma família de seis pessoas com 1 salário mínimo. Apavorante e ao mesmo tempo, emocionante.
Nós que ganhamos um pouco mais reclamamos tanto de que o que temos não paga nossas “necessidades” enquanto tantos sobrevivem literalmente diariamente para se manter neste mundo.
Enfim, tente fazer do seu Natal um momento feliz!
Agora me digam, você tem realmente motivos para comemorar neste Natal? Participe, conte-nos sua história!
Sigam-me os bons no twitter:@arsoarez

Autor: Alexsandro Rosa Soares
Alex Soares
Especialista em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário São José de Itaperuna, Especialista em Administração Escolar pela Universidade Cândido Mendes, Graduado em Letras pelo Centro Universitário São José de Itaperuna e Graduado em Magistério nas séries iniciais do 1º segmento do Ensino Fundamental pelo Instituto Superior de Educação de Itaperuna. Foi subsecretário do Centro Universitário São José de Itaperuna, atualmente é funcionário da Fundação e Apoio a Escola Técnica do Rio de Janeiro e Colunista do Jornal Macaé News.
Contatos: alexsandro.soares@gmail.com

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